O KTO Minas vinha flertando com essa tíquete dourado há algum tempo. Membro-fundador do NBB, a equipe chegou a cinco semifinais em sua história, contando com a da temporada atual. Nos últimos três anos, o time ficou pelo caminho, em duas oportunidades para Franca.
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Mas com uma campanha perfeita desde a temporada regular, o time conseguiu romper com o "quase" dessa vez, chegando à decisão justamente no ano em que o histórico clube belorizontino completa 90 anos de existência.
Em entrevista exclusiva ao Flashscore, Léo Costa, ainda emocionado com a vitória apertada sobre Bauru, enalteceu o feito, destacando o comprometimento do grupo, de sua comissão técnica e de toda infraestrutura do Minas Tênis Clube.
"Muito orgulhoso, algo que a gente queria há muito tempo, batemos na trave duas vezes contra Franca, que acabou saindo campeão. Então, é enaltecer o comprometimento dos jogadores, de toda minha comissão técnica, o apoio que o Minas nos dá para fazer o trabalho que a gente vem fazendo. Nos 90 anos do clube, acho que é um orgulho para todos chegarmos nesta final inédita", disse Léo Costa, confiante de que seu time pode conquistar o primeiro título nacional da história do clube mineiro.
Veja como foi KTO Minas 70 x 65 Bauru
"É manter o espírito e a ambição de luta para brigar por esse primeiro título, porque queremos mais e eu tenho convicção de que podemos brigar por esse título", acrescentou o comandante minastenista.
Defesa: esta é a chave
No jogo 3 contra o Bauru, o Minas não teve seu desempenho mais vistoso, cometendo mais uma vez múltiplos erros no perímetro — foram seis acertos em 31 tentativas (19% de aproveitamento).
Porém, a equipe, dona da melhor defesa do NBB, limitou Bauru a três jogos com menos de 70 pontos. O KTO Minas não sofreu mais de 90 pontos em nenhum dos jogos que fez até agora na pós-temporada. Isso foi enaltecido por Léo Costa, mais do que o fato de o time caminhar invicto até a final, com nove vitórias e nenhuma derrota desde a fase oitavas de final.
"A gente está encarando cada jogo do playoff como uma final. Não fomos brilhantes contra o Bauru, que trouxe também dificuldades, e eu tenho que enaltecer aqui o trabalho que eles fizeram durante toda temporada, do Jaú e de todo grupo. Nós chutamos abaixo de aproveitamento nos três jogos, só que a gente é a melhor defesa do campeonato e acho que essa foi a chave para vencermos e avançar. Esses números são bacanas, mas o mais importante é chegar à final. Se fosse 3 a 2, a gente estaria comemorando igual", ressaltou Léo Costa.
Um time cascudo
O técnico minastenista não tem preferência de adversário na grande decisão. Seja Franca ou Flamengo, que duelam na outra série, Léo Costa sabe que o Minas terá uma pedreira pela frente.
Mas, com tudo que esse time vem entregando por múlitplos anos e a jornada atual, o comandante vê uma equipe cascuda, marcada pelas cicatrizes das decepções do ado e pronta para dar respostas nos momentos de maior pressão.
"Quem vier, Franca ou Flamengo, a gente sabe da dificuldade que vai ser, mas acho que o time está criando cada vez mais casca e essas cicatrizes, essas dores que a gente sentiu no ado, de quase chegar, eu acho que nos dão mais solidez para o que vamos viver nesta final", apontou Léo Costa, que ainda enalteceu o apoio da torcida na Arena UniBH, que abrigou um público superior a 3.500 pessoas.
"O apoio que veio da arquibancada hoje fez a diferença. No momento que a gente abaixou, que as coisas não estavam acontecendo como nós esperávamos (...) emocionalmente isso mexe um pouco por ser um esporte de muita precisão (...) veio a torcida e empurrou o time para essa vitória e mais uma vez nós fomos sólidos na hora de vencer, que é importante para um time que quer ser campeão", concluiu o treinador.
