“Há clubes de grande dimensão atravessando momentos complicados na temporada e que podem aproveitar a reabertura do mercado para reforçarem os elencos", declarou à agência Lusa.
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Agora, as regras do ‘fair play’ financeiro da UEFA e as especificidades da janela podem condicionar a atuação", apontou Já sabemos que o verão é sempre o melhor momento para contratar de forma mais planejada, sem grandes desesperos”, apontou.
Seis meses depois de aumentar o time de estrelas com a aquisição de Kylian Mbappé, o campeão mundial, europeu e espanhol Real Madrid está no segundo lugar de LaLiga, a um ponto do líder Atlético de Madrid. O clube de Carlo Ancelotti está em 20º na classificação da Liga dos Campeões, a duas rodados do fim da nova fase.
“Embora seja um clube que tem contratado de forma muito cirúrgica nos últimos anos, o (presidente) Florentino Pérez não tem propriamente adquirido muitos jogadores", afirmou.
"Nunca sabemos se não aproveitará a reabertura de mercado para fazer ajustes, não só pelo Real Madrid estar desiludido na Liga dos Campeões, mas também porque a luta com Barcelona e o Atlético pela liga espanhola está acirrada”, analisou.
Os merengues estão distantes das oito vagas que dão o direto às oitavas de final da Champions, assim como o tetracampeão inglês Manchester City, que está em 22º, a antepenúltima vaga de o ao play-off disputado entre os clubes posicionados do nono ao 24º lugar, enquanto os 12 restantes ficam de fora.
“O Manchester City tem uma capacidade muito grande para investir e poderá fazê-lo em janeiro. Precisa de um empurrão e de novos jogadores”, itiu Gonçalo, em um período em que a equipe de Pep Guardiola é quinta colocada da Premier League e só venceu dois dos últimos 14 jogos em todas as competições.
No pior cenário está o rival, Manchester United, que segue na 14ª posição da liga inglesa e vem de quatro derrotas nas últimas cinco rodadas, todas já com Ruben Amorim, que se juntou ao clube em novembro, após ter deixado o Sporting.
“Não precisa só de qualidade, porque a equipe não tem o nível que se exige em um clube desta dimensão, mas, sobretudo, de atletas que encaixem nas ideias do novo treinador”, destacou, com os Red Devils posicionados ainda em sétimo na fase de liga da Liga Europa, que dá o direto às oitavas de final.
Nos principais campeonatos europeus, o mercado acontecerá até o fim de janeiro e abre um segundo período de inscrições no meio da temporada, mas os clubes “apresentam normalmente mais resistência na hora de vender os seus jogadores mais cobiçados, pois não querem correr o risco de comprometer os objetivos definidos”.
“Esta janela poderá ser um pouco diferente em 2025, já que haverá o Mundial de Clubes no meio do ano. Se os clubes quiserem apostar na conquista, a janela de janeiro será a última grande oportunidade para realizarem investimentos”, explicou Gonçalo Tristão Santos.
Disputado anualmente desde 2005 pelos seis campeões continentais, mais um clube do país anfitrião, o Mundial será a cada quatro anos a partir de 2025. A próxima edição será entre 15 de junho a 13 de julho, nos Estados Unidos. Entre 1 e 10 de junho, antes do torneio, os 32 times participantes têm a opção de abrir uma janela de transferências extraordinária.
“É um período muito curto. Não dará para fazer grandes contratações nem acredito que aconteçam muitas naquela altura, porque haverá pouco tempo para trabalhar”, disse.
Para agora, Santos lembra que vários jogadores vão entrar nos últimos seis meses de contrato a partir de quarta-feira (31) e podem se comprometer com outros clubes para 2025/26: Trent Alexander-Arnold, Virgil van Dijk e Mohamed Salah (Liverpool), Kevin De Bruyne (Manchester City), Alphonso Davies, Joshua Kimmich e Leroy Sané (Bayern Munique) e Heung-min Son (Tottenham).
“São jogadores muito interessantes, alguns já mais veteranos, outros ainda com potencial. Não creio que sejam libertados agora, mas, se as duas partes envolvidas assumirem que não existe acordo para a renovação, poderá haver uma venda até por baixo custo em janeiro, de forma que o clube ainda consiga dentro do possível um encaixe financeiro minimamente interessante”, concluiu.