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Nadal confessa que imagem que transmitiu durante 30 anos nem sempre foi a que sentia

Nadal ite insegurança, ansiedade e outras emoções difíceis que teve de lidar ao longo dos 30 anos de carreira
Nadal ite insegurança, ansiedade e outras emoções difíceis que teve de lidar ao longo dos 30 anos de carreiraProfimedia
Rafael Nadal, que se aposentou do tênis profissional na última Copa Davis, em novembro, em Málaga, reconheceu em uma carta emocionada que transmitiu uma imagem que nem sempre foi verdadeira ao longo da carreira profissional.

“Durante 30 anos, a imagem que eu transmitia ao mundo nem sempre era o que eu sentia por dentro. Honestamente, eu ficava nervoso antes de cada partida, isso nunca nos deixa. Toda noite antes de uma partida, eu ia para a cama com a sensação de que poderia perder (mesmo quando acordava de manhã)", explicou Nadal em uma carta ao The Players Tribune.

"No tênis, as diferenças entre os jogadores são muito grandes e entre os adversários são ainda maiores. Quando você entra em quadra, tudo pode acontecer, então todos os seus sentidos precisam estar em alerta máximo. Essa sensação de fogo interior, os nervos, a adrenalina de entrar em quadra e a ver cheia, é uma sensação muito difícil de descrever”, diz.

“Houve momentos na quadra em que tive problemas para controlar minha respiração e não consegui jogar o meu melhor. Não tenho nenhum problema em itir isso agora. No final das contas, somos seres humanos, não super-heróis", completa.

Nadal não especifica a qual momento se refere, mas não deixa de destacar o lado humano dos atletas.

O jogador que você vê no meio da quadra com um troféu é uma pessoa; exausto, aliviado, feliz, grato, mas apenas uma pessoa. Felizmente, não cheguei ao ponto de não conseguir controlar coisas como ansiedade, mas todos os jogadores am por momentos de dificuldade para controlar a mente e, quando isso acontece, é difícil ter controle total do seu jogo”, explica.

Nadal também relembra uma lesão que sofreu quando tinha 17 anos, quando chegaram a dizer para o espanhol que “provavelmente nunca mais jogaria tênis profissional”.

“ei muitos dias em casa chorando, mas foi uma grande lição de humildade e tive a sorte de ter uma família que sempre esteve e está muito próxima de mim em tudo. Especialmente meu pai, a verdadeira influência que tive em minha vida, que sempre foi muito positiva”, afirma.

O tenista se despede dizendo que, durante a carreira, deu tudo o que podia: “Em troca, recebi alegria e felicidade. Alegria e felicidade, amor e amizade, e muito mais”.