Djokovic foi derrotado por Botic van de Zandschulp (85º do ranking) nesta semana, na estreia em Indian Wells, em mais um resultado duro para o ex-número 1 do mundo.
Esta foi sua 3ª derrota seguida em 2025, após 5 vitórias em janeiro. É apenas a segunda vez na história que o sérvio perde três jogos consecutivos no ATP tour. A outra foi em 2018, justamente entre o Australian Open e o Masters 1000 de Miami — mesma sequência deste ano.
Falta de motivação?
Enquanto em 2023 ele conquistou sete títulos, jogou as finais em todos os Grand Slams e dominou três deles, no ano ado ele terminou a temporada sem nenhum título da ATP.
Seu principal objetivo, porém, foi alcançado, com a conquista do ouro olímpico em Paris 2024.

No ano ado, o próprio Djoko itiu que após 24 títulos de Grand Slam, falta objetivos em sua carreira. "Antes, eu não tinha nenhuma falta de motivação, ela sempre vinha por conta própria e era de certa forma automática. Mas nos últimos dois anos não é mais assim", disse ele em setembro ado.
Um dos ex-técnicos de Djokovic afirmou ao Tennis Connected que o sérvio "está lutando contra a perda de motivação".
Certamente não lhe faltou motivação no início do ano no ATP de Brisbane, lutando contra Reilly Opelka nas quartas de final até a última bola.
Na sequência, em Melbourne, onde Djokovic é o jogador mais bem-sucedido da história, ele não começou bem. Perdeu um set para Nish Basavareddy e Jaime Faria nas duas rodadas iniciais.
Mas então vieram as vitórias soberanas sobre Tomas Machac e Jiri Lehecka e, especialmente, sobre Carlos Alcaraz, apesar da grave lesão na coxa que o fez abandonar o Grand Slam nas semifinais. O próprio Djokovic disse que, com a vitória sobre Alcaraz, ele mostrou que ainda tem lenha para queimar.
E as lesões?
As lesões atrapalham, mas ainda não o derrubaram. Djoko machucou o joelho em Roland Garros 2024 e teve que se retirar. Em Wimbledon, voltou logo após uma cirurgia no menisco e chegou à final, na qual foi derrotado por Alcaraz.
Seja por uma combinação de vários fatores, como idade, perda de motivação, baixo desempenho ou condição física abaixo do ideal, o tenista de 37 anos está apresentando um jogo completamente diferente nos Grand Slams e torneios ATP deste ano.
No Australian Open em janeiro, ele venceu todas as cinco partidas que disputou, mas nos outros eventos ele tem tem 3 derrotas e apenas 2 vitórias, sofrendo um revés chocante atrás do outro.
Nos majors, o único grande fracasso recente pode ser considerado a derrota para Alexei Popyrin no US Open, onde Djokovic apresentou um estado de espírito estranho para seus padrões desde o primeiro game.
Fora dos Grand Slams, talvez nunca mais vejamos o super tenista com o qual nos acostumamos.
Recordes em jogo
O atual número 7 do mundo está em busca do 100º título de simples como profissional. Nole tem até aqui 99 conquistas em 132 decisões.
O sérvio tenta também ultraar Margaret Court como o maior campeão de Grand Slam de todos os tempos. Até aqui, são 24 títulos – mesmo número da lenda australiana.
Hepta em Miami
Novak Djokovic retorna às quadras na semana que vem para, além do 100º troféu da carreira, buscar o hepta do Masters 1000 de Miami.
Ele voltará a disputar o torneio na Flórida pela primeira vez desde 2019, depois de ausências por conta da pandemia e contusões. Djoko conquistou o troféu de Miami em 2007, 2011, 2012, 2014, 2015 e 2016.