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A caminho do Masters 1000 de Miami, Djokovic estaria desmotivado

Djokovic está ando por uma das piores fases de sua carreira
Djokovic está ando por uma das piores fases de sua carreiraCLIVE BRUNSKILL / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / Getty Images via AFP
Em um ano, Novak Djokovic só levantou uma taça, e se tornou o primeiro top 10 na história a ser eliminado para um lucky-loser duas vezes seguidas em Indian Wells. O que acontece com o sérvio, que retorna ao Miami Open na semana que vem?

Djokovic foi derrotado por Botic van de Zandschulp (85º do ranking) nesta semana, na estreia em Indian Wells, em mais um resultado duro para o ex-número 1 do mundo.

Esta foi sua 3ª derrota seguida em 2025, após 5 vitórias em janeiro. É apenas a segunda vez na história que o sérvio perde três jogos consecutivos no ATP tour. A outra foi em 2018, justamente entre o Australian Open e o Masters 1000 de Miami — mesma sequência deste ano.

Falta de motivação?

Enquanto em 2023 ele conquistou sete títulos, jogou as finais em todos os Grand Slams e dominou três deles, no ano ado ele terminou a temporada sem nenhum título da ATP.

Seu principal objetivo, porém, foi alcançado, com a conquista do ouro olímpico em Paris 2024.

Aos 37 anos, o sérvio vem sofrendo mais em quadra
Aos 37 anos, o sérvio vem sofrendo mais em quadraProfimedia

No ano ado, o próprio Djoko itiu que após 24 títulos de Grand Slam, falta objetivos em sua carreira. "Antes, eu não tinha nenhuma falta de motivação, ela sempre vinha por conta própria e era de certa forma automática. Mas nos últimos dois anos não é mais assim", disse ele em setembro ado.

Um dos ex-técnicos de Djokovic afirmou ao Tennis Connected que o sérvio "está lutando contra a perda de motivação".

Certamente não lhe faltou motivação no início do ano no ATP de Brisbane, lutando contra Reilly Opelka nas quartas de final até a última bola.

Na sequência, em Melbourne, onde Djokovic é o jogador mais bem-sucedido da história, ele não começou bem. Perdeu um set para Nish Basavareddy e Jaime Faria nas duas rodadas iniciais.

Mas então vieram as vitórias soberanas sobre Tomas Machac e Jiri Lehecka e, especialmente, sobre Carlos Alcaraz, apesar da grave lesão na coxa que o fez abandonar o Grand Slam nas semifinais. O próprio Djokovic disse que, com a vitória sobre Alcaraz, ele mostrou que ainda tem lenha para queimar.

E as lesões?

As lesões atrapalham, mas ainda não o derrubaram. Djoko machucou o joelho em Roland Garros 2024 e teve que se retirar. Em Wimbledon, voltou logo após uma cirurgia no menisco e chegou à final, na qual foi derrotado por Alcaraz.

Seja por uma combinação de vários fatores, como idade, perda de motivação, baixo desempenho ou condição física abaixo do ideal, o tenista de 37 anos está apresentando um jogo completamente diferente nos Grand Slams e torneios ATP deste ano. 

No Australian Open em janeiro, ele venceu todas as cinco partidas que disputou, mas nos outros eventos ele tem tem 3 derrotas e apenas 2 vitórias, sofrendo um revés chocante atrás do outro.

Nos majors, o único grande fracasso recente pode ser considerado a derrota para Alexei Popyrin no US Open, onde Djokovic apresentou um estado de espírito estranho para seus padrões desde o primeiro game.

Fora dos Grand Slams, talvez nunca mais vejamos o super tenista com o qual nos acostumamos.

Recordes em jogo

O atual número 7 do mundo está em busca do 100º título de simples como profissional. Nole tem até aqui 99 conquistas em 132 decisões.

O sérvio tenta também ultraar Margaret Court como o maior campeão de Grand Slam de todos os tempos. Até aqui, são 24 títulos – mesmo número da lenda australiana.

Hepta em Miami

Novak Djokovic retorna às quadras na semana que vem para, além do 100º troféu da carreira, buscar o hepta do Masters 1000 de Miami. 

Ele voltará a disputar o torneio na Flórida pela primeira vez desde 2019, depois de ausências por conta da pandemia e contusões. Djoko conquistou o troféu de Miami em 2007, 2011, 2012, 2014, 2015 e 2016.